sexta-feira, 1 de junho de 2012

Relatos de Mesas - Mesa 2

Mesa 2 - Programa de Formação de Professores da USP: situação atual

Coordenadora
Vera Bohomoletz

Convidados
Maria Angélica Penatti Pipitone – vice-presidente da CIL (ESALQ)
Glória da Anunciação Alves (Geografia/FFLCH)
Manoel Oriosvaldo de Moura (FE)

Maria Angélica Penatti Pipitone

Vice-presidente da CIL (ESALQ) Coordenadora da Licenciatura em Ciências Agrárias e Biológicas da ESALQ até o 7 de maio deste ano, representante da ESALQ junto à CIL desde 2001, é professora de Didática e de Política da Educação. Maria Angélica fez um breve histórico do Programa de Formação de Professores da USP (PFPUSP), cuja origem teve motivação legal e interna. Ada Grinover, então Pró-Reitora de Graduação (1997-2001), propõe a idéia. Menciona Sonia Penin, pesquisa Histórico USP e Professor, publicação da revista do IEA. Em 2001, cria-se a Comissão Permanente da Licenciatura que, em 2005, transforma-se na CIL. Uma idéia fundamental que permeou as discussões das duas comissões era a de diálogo e repeito às especificidades.

Na ESALQ, a Licenciatura em Ciências Agrárias e Biológicas mantém três laboratórios de ensino, pesquisa e extensão, incluindo o Laboratório Didático e de Trabalho Docente e o Laboratório de Estudos da Educação. Mantém um convêrnio com 60 escolas públicas via Diretoria Regional de Ensino (DRE) e Centro Paula Souza (CEETEPS). Na unidade, foram realizados 3 simpósios da Licenciatura.

Glória da Anunciação Alves (Geografia/FFLCH) 

Graduada e licenciada em Geografia pelo departamento de Geografia da FFLCH, mestrado e doutorado em Geografia Humana, Glória é representante da CoC da Licenciatura em Geografia e membro da CoC do Bacharelado. Trabalhou em escola da rede pública estadual por dez anos e é coordenadora do projeto de extensão intitulado Semana da Geografia, dedicada à articulação entre a escola pública e os alunos do curso de licenciatura/bacharelado em Geografia.

Glória coloca algumas questões a ser enfrentadas pela CIL: é necessário contaminar os professores das Licenciaturas com o PFPUSP. Embora as ações para implementar o programa tenham se iniciado em 2008, ainda falta divulgar os objetivos e motivar o conjunto de professores das Licenciaturas para um maior envolvimento na implementação completa do programa. Afirma que há a necessidade de uma maior articulação na USP.

Relatou sobre alguns problemas da implementação do PFPUSP relativos ao curso de Geografia: a entrada dos estudantes via o bacharelado, a efetivação incompleta do PFPUSP – por exemplo, quanto à implantação dos PCCs (Prática como Componente Curricular), a falta de entendimento do processo de ensino por parte dos professores, falta de condições materiais e humanas (a ausência do educador). Em relação à falta de entendimento do processo de ensino, por parte dos professores, citou a necessidade de que se ensine ao aluno a fazer resenhas, seminários, pois ele não sabe, mas este tipo de ensino é considerado pelos professores algo menor, intuitivo. Ainda como um obstáculo à efetivação real do PFPUSP citou a desqualificação da docência na própria USP, já que a qualidade da docência não faz parte da avaliação do docente USP.

Manoel Oriosvaldo de Moura (FE)

Presidente da Comissão de Graduação da Faculdade de Educação, Oriosvaldo referiu-se aos objetivos do PFPUSP como o de promover professores comprometidos com a transformação, com a humanização, numa universidade de pequisa, que constitui a apropriação da cultura. Discorreu sobre teorias de ensino e aprendizagem que demonstram a necessidade da formação contínua para o ensinar, por parte do licenciando.

Do debate que se seguiu às apresentações, surgiram algumas propostas para a CIL e para o conjunto das Licenciaturas:

1. Promover a aproximação entre as unidades e a Faculdade de Educação, para o desenvolvimento de trabalho conjunto na formação dos professores.
2. Promover um fórum de análise conjunta dos Projetos Políticos Pedagógicos das unidades para reflexão e encontrar pontos de contato.
3. Necessidade de revisão da matriz curricular como um todo, nas unidades, frente às demandas do PFPUSP, que acabaram sendo apenas adicionadas à carga horária anterior.
4. Reivindicar prioridade para contratação de docentes e educadores para as licenciaturas.